segunda-feira, 21 de setembro de 2009
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Ouvir sua voz
Sinceridade
Sei que não fui como você queria que eu fosse
Mas vou mudar e serei algo melhor
Pra te fazer especial
Não há nada melhor que a transparência da sinceridade
Poder confiar e novamente reconstruir tudo que fiz
Vou me mostrar como seu príncipe e reconstruir seu castelo
Quero você do meu lado, quero você como for.
E ainda que eu não saiba demonstrar, vou deixar
Que o tempo diga a verdade do que sou,
Nada mais importa, pois tudo se passou,
O mais importante agora é você
Fernando Marestoni
Eu e você
Se por acaso um dia se lembrar de mim
Apareça para refrescar a cabeça
E sumirmos para montarmos nossos planos juntos
Planos que inda não se concretizaram
E quando o inverno chegar,
Apareça para que eu possa te esquentar
E fazer você flutuar sobre as nuvens
Vamos fugir pra bem longe
E deixar nossos planos se concretizarem.
Ainda que seja difícil pisar no chão
O seu olhar e seu beijo não me saem da cabeça
Me dê uma chance para provar que ainda
Posso fazer seu mundo diferente,
Ainda que seja difícil sei que posso
Fazer você novamente flutuar sobre as nuvens.
fenando marestoni
Te fazer feliz
Lembro de você todo tempo
Mesmo não podendo te ter
Sei que ainda pensa em mim
Não vou desistir, pois sei que
Será difícil encontrar alguém
Como você novamente
Percebo que palavras não mais se encontram
e nossos pensamentos não mais se completam
era tão bom estar do seu lado
por tudo se completava e se encontrava
sei que ainda existe uma chance basta você querer
vem pra mim, vamos concretizar aqueles planos
quando escutar essa canção sei que vai lembrar de mim de nós
só queria te fazer feliz
O Tempo
Achei que a busca infindável por pelo ser singular e ideal
Havia acabado;
Mas percebi que o senhor tempo nunca esta favorável
A nós
Ele sempre nos remete a possibilidades que nem imaginamos,
Ah, como seria bom, mas acredito que a sina seja estar ao lado
De seres plurais e normais
Infelizmente as coisas não são como queremos
A se eu pudesse, manipular o tempo e voltar as
Horas e os ponteiros, para que única e simplesmente
Tivesse o domínio do tempo,
Mas sei isso é impossível, por que o favorável é
Desfavorável, o certo é sempre incerto e
É incabível pensar, portanto se torna iníquo querer
Dominar o tempo. por que ele sempre nos domina.
Autor:Odnanref.Inotseram
Esquizofrenia
A ailocnâclem od uem otiep
Es etelfer an ainerfozinqes
Od aid-a-aid
Edno sezou ortned ad açebac
Maoce etnemacuol mes
Rarap, em-odnaxied etnematelpmoc odabruterp
Ho, seres od odnum laerri
Mexied eu rasnep rop mim
Oserm, siop missa ieracif
Siam omalc, oliuqnart
Ierev amu avon edadilaer
Omsem odendop em racuhcam
Sob: aiel sa searf an medro lamron, sam
sa sarvalap ed zárt arap etnerf
Odnanref
sábado, 5 de setembro de 2009
Desprezo pelo Homem-O Anticristo, Nietzsche
Chegado a este ponto, não reprimo um suspiro. Há dias em que me atormenta um sentimento mais negro que a mais negra melancolia: o desprezo pelo homem. E para não deixar dúvidas quanto ao que desprezo, a quem desprezo: é o homem de hoje, o homem de que sou fatidicamente contemporâneo. O homem de hoje - o seu hálito impuro sufoca-me... Em relação a coisas passadas sou, como todos os adeptos do saber, de uma grande tolerância, isto é, de um magnânimo autodomínio: percorro o universo de manicómio de milénios inteiros, quer se chame «cristianismo», «fé cristã» ou «Igreja Cristã», com uma sombria precaução - e abstenho-me de tornar a humanidade responsável pelas suas doenças mentais. Mas o meu sentimento muda, rompe-se, assim que entro nos tempos modernos, no nosso tempo. O nosso tempo é ciente... O que, outrora, era apenas mórbido, hoje, tornou-se indecoroso - é indecoroso, actualmente, ser cristão. E aqui começa o meu asco. Olho à minha volta: já não resta nem uma palavra daquilo que, em tempos, se chamava «verdade»; já não suportamos sequer que um sacerdote tão-somente pronuncie a palavra «verdade». Mesmo que se tenha apenas a mais modesta pretensão à rectidão intelectual, tem de se saber, hoje, que um teólogo, um padre, um papa, com cada frase que diz, não só erra, mas mente - e que já não lhe é possível mentir por «inocência» nem por «ignorância». Até o sacerdote sabe, tal qual toda a gente sabe, que já não há «Deus», nem «pecador», nem «Redentor», que «livre arbítrio» e «ordem moral universal» são mentiras - a seriedade, o profundo autodomínio, do espiríto já não permitem a ninguém não ser sabedor a esse respeito... Todas as concepções da Igreja estão reconhecidas como aquilo que são, como a mais maldosa fabricação de moeda falsa que há, com a finalidade de desvalorizar a Natureza, os valores naturais; o próprio sacerdote está reconhecido como aquilo que é, como a espécie mais perigosa de parasita, como a autêntica aranha venenosa da vida... Hoje, sabemos, a nossa consciência sabe o que valem essas sinistras invenções dos sacerdotes e da Igreja, para que serviram as concepções com as quais se atingiu esse estado de auto-aviltamento da humanidade, um espectáculo susceptível de causar repugnância - as noções de «Além», de «juízo final», de «imortalidade da alma», de «alma» até, são instrumentos de tortura, são sistemas de crueldade, graças aos quais o sacerdote passou a dominar e continuou a dominar... Toda a gente sabe isto e, não obstante, continua tudo na mesma. Para onde foi o derradeiro sentimento de decoro, de respeito por si próprio, se até os nossos estadistas, um género de homens aliás muito despreocupados e anticristãos de cima a baixo na acção. ainda hoje se intitulam cristãos e vão à comunhão?... Um jovem príncipe à frente dos seus regimentos, magnífico como expressão de egoísmo e da presunção do seu poco - mas, sem qualquer pudor, confessando-se cristão!... A quem nega, pois, o cristianismo? A que chama ele «mundo»? Ao ser soldado, ao ser juiz, ao ser patriota; ao facto de alguém se defender, de prezar a sua honra, de querer o que lhe traz vantagem, de ser orgulhoso... Qualquer prática quotidiana, qualquer instinto, qualquer juízo de valor que se torne acto são, actualmente, anticristãos: que monstro de falsidade há-de ser o homem moderno, para que, apesar disso, não se envergonhe de ainda se chamar cristão!
O Anticristo, Nietzsche