quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Esboço do conto o Pierrot
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Inverso do impresso
Publiquei a flâmula catastrófica famigerada
Da questão entre palavras e pessoas
Inexatas.
Ah, como é bom sentir essa Expressão,
Que única e simplesmente
Dá o prazer de saber e sentir
O que há e o que não há,
E o que pesam ou deixam de pensar.
Jogo na cara dos senhores do regresso
Que procuram seu próprio umbigo, que eles
Não servem para mais nada;
enfim, acabo por aqui nesta forma
de verso, e deixo o sentido flutuar.
(Odnanref Inotseram)
domingo, 6 de dezembro de 2009
Trechos de Livro que eu Curto.
Tradução : “Nada iguala a extensão dos longos dias mancos, / Quando sob os pesados flocos da neve dos anos / O tédio, esse fruto da incuriosidade, / Atinge as proporções da imortalidade.”
_______________________________________________________________________________________
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
O abismo
Não poder realmente ter quem quero, por causa das
vidas passadas?
Responda-me destino, por que assim fico sem
saber o que fazer,
Esse sentimento pútrido sempre me deu vários devaneios,
mas nunca consegui desfrutar realmente por inteiro.
Porque a proporção do seu coração nunca
esteve em mim
Passei só para curar sua carência?
Pois acredito é o que o destino me reserva
Passar por instantes curtos, e ser desapercebido,
Tenho contido minhas emoções para não doar meu espírito,
E não cair em profunda dor, minha transcendência esta destinada
a cuidar de um amor
Que nunca existiu, pois é amor de outro e nunca por mim.
(Fernando Marestoni)
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
MOCIDADE E MORTE
Solevantado o corpo, os olhos fitos,
As magras mãos cruzadas sobre o peito,
Vede-o, tão moço, velador de angústias,
Pela alta noite em solitário leito.
Por essas faces pálidas, cavadas,
Olhai, em fio as lágrimas deslizam;
E com o pulso, que apressado bate,
Do coração os estos harmonizam.
Ë que nas veias lhe circula a febre:
É que a fronte lhe alaga o suor frio;
É que lá dentro à dor, que o vai roendo,
Responde horrível íntimo cicio.
Encostando na mão o rosto aceso,
Fitou os olhos húmidos de pranto
Na lâmpada mortal ali pendente,
E lá consigo modulou um canto.
É um hino de amor e de esperança?
É oração de angústia e de saudade?
Resignado na dor, saúda a morte,
Ou vibra aos céus blasfémia d'impiedade?
É isso tudo, tumultuando incerto
No delírio febril daquela mente,
Que, balouçada à borda do sepulcro,
Volve após si a vista longamente.
É a poesia a murmurar-lhe na alma
Última nota de quebrada lira;
É o gemido do tombar do cedro;
É triste adeus do trovador que expira.
(Alexandre Herculano)