A massa come o pão amassado que o diabo vomitou,
Engole a discrepância de quem o limpou;
Ah, nobre cidadão plausível, incoerente e massível
Do pão nosso de cada dia, que o diabo vomitou.
Ah cidadão concerne que é mastigado e foge dos livros,
Nem sabes mais quem o deixou,
Sabe o que é o palpável, mastigável,
Crê no Deus que se desloca em caixas pretas de telas polêmicas
Tais são os monstros manipuláveis que esse Deus criou,
Que a divindade dos livros acabou;
Ah massa come o pão amassado que o diabo vomitou,
O menino de folhas que um dia nos olhou
Está triste, molhado, lavado,
Pois tudo já acabou.
(texto de Fernando Marestoni, A massa).
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