sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Livro- A Saga do Escorpião Negro( CAPITULO II)

CAPITULO II

O Jantar



Como vimos anteriormente, os monges saíram na penumbra noturna, mas após andarem muito, cansaram-se e já com fome, acenderam uma fogueira e comeram o macaco que carregavam, deixando a cabeça por ultimo.

O monge vira para Euzébio e diz:

__ Como podemos comer um de nós?

Friamente e com toda a arrogância Euzébio respondeu:

__ Meu caro que o nome não me importa, o sustento vem de nós propriamente dito, devemos nos alimentar através do sacrifício para o senhor, deixemos à cabeça por ultimo, para que absorvamos a sabedoria eterna, pois lá se encontra as portas para o céu.

Indignado com aquelas palavras ele sai desesperado e perturbado, onde encontra escorpiões negros em uma pedra, e tenta come-los, como era de se esperar caro leitor, ele é picado por sete escorpiões, e na agonizante calada da noturna começa a se debater. O veneno se espalha pelo corpo como algo que algo imaginável. Debatendo-se, a mente dele flui como nunca havia fluido antes, então ele começa a ter alucinações, onde vê um cavaleiro de armadura brilhante e negra em cima de um cavalo flamejante rubro negro; o cavaleiro desce de seu cavalo e fica por alguns minutos olhando o monge se debater, ele espera ate o ultimo fio de vida para poder ajudá-lo, então, chama o cavalo, que começa a pisotear a cabeça daquele ser inútil que se debatia no chão como um verme se estrebuchando a beira da morte. O cavaleiro desenha um pentagrama a sete passos do corpo e a sete palmos a esquerda desenha um escorpião e começa a invocar espíritos estranhos do submundo para uma suposta ressurreição. Raios caiam sobre os desenhos que se flamejam como fogo do inferno, escorpiões carregam o corpo desfigurado sobre o grande rei desenhado a sete palmos à esquerda, com isso o corpo é dominado por eles, e ele começa a demonstrar um certo apreço pela vida depois da elevação do seu corpo aos céus.

Levante e anda servo meu, diz o cavaleiro; o monge agora em pé sentindo-se estranho olha para os lados e percebeu algo diferente nele, era um novo ser surgindo, então o cavaleiro sacou e entregou uma adaga, onde o cabo tem um formato de um escorpião, onde contem poderes especiais, o cavaleiro diz:

__ Caríssimo servo, não sois mais como os homens, agora és um ser superior que hás de reproduzir a prole com a marca do escorpião negro, ainda digo, que com força e a proteção da adaga, nunca mais morras, guardas, e terás a proteção da divindade, caminhe com ela e terás tudo que quiseres, não baixes à guarda servo meu, pois assim nosso senhor acompanhar-vos-á, mas se não tomares cuidado a mão de nosso senhor poderá pesar com as pragas prometidas nas inscrições da adaga, guardes como algo muito preciso, pois se perderes sentirá a ira dele, e vossa alma sagrada irá para junto dele, e vosso corpo mumificado será, para que o herdeiro de sua primeira prole reine dignidade, não se esqueça dessas palavras, serão muito úteis daqui para frente, vá e segue em frente.

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