CAPITULO III
Como Nada Tivesse Acontecido
Com o sol saindo, o monge volta junto ao lugar que ele estava com o amigo, e percebe que Euzébio havia comido todo o macaco e dormido; recolhendo os ossos já com mau cheiro, ele senta e olha para adaga que não sabia o que fazer, e começa com solilóquios indagando-se:
__ O que será isso?
__ De onde vem isso?
Ele grita: Agora quem sou eu?
Como o eco de pavor Euzébio acorda assustado, levanta, corre, volta e diz:
__ O que está acontecendo aqui? Que berros são esses ser estúpido e desprezível? Qual sentido de acordar-me quando sol nem esta firme no céu?
O monge diz para Euzébio:
__ Os contentamentos e descontentamentos são inconstantes, pois na vida ainda à de ver muita coisa, vamos embora.
Achando tudo aquilo estranho, Euzébio concorda e eles seguem o rumo inexato, mas tímido ele pergunta:
__ Caríssimo, que fizeste essa noite, que acordei e não te vi?
O monge responde:
Estás a delirar companheiro, estive a noite toda contigo, simplesmente sai para fazer minhas necessidades, nada mais.
Euzébio achando muito estranho diz:
__ Devias estar muito apertado, pois demoraste.
O monge:
__ Por que preocupas com quem o nome não importa?
Euzébio:
__ É...
O monge:
Sou incógnita em constante inércia para alguém assim, mas se queres saber nem eu mesmo sei o que me passou, acredito que uma grande diarréia.
Euzébio:
__ Sendo assim tudo bem, a verdade está escondida nos frascos cintilastes dos mares.
O monge:
__ Exato, o senhor nos manda a declarar a paz e gloria dele.
Euzébio: sim, então vamos.
Assim caminhavam com os lentos inconstantes, pensantes, maçantes passos da hora do dia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário