sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Livro- A Saga do Escorpião Negro( CAPITULO III)

CAPITULO III
Como Nada Tivesse Acontecido


Com o sol saindo, o monge volta junto ao lugar que ele estava com o amigo, e percebe que Euzébio havia comido todo o macaco e dormido; recolhendo os ossos já com mau cheiro, ele senta e olha para adaga que não sabia o que fazer, e começa com solilóquios indagando-se:

__ O que será isso?

__ De onde vem isso?

Ele grita: Agora quem sou eu?

Como o eco de pavor Euzébio acorda assustado, levanta, corre, volta e diz:

__ O que está acontecendo aqui? Que berros são esses ser estúpido e desprezível? Qual sentido de acordar-me quando sol nem esta firme no céu?

O monge diz para Euzébio:

__ Os contentamentos e descontentamentos são inconstantes, pois na vida ainda à de ver muita coisa, vamos embora.

Achando tudo aquilo estranho, Euzébio concorda e eles seguem o rumo inexato, mas tímido ele pergunta:

__ Caríssimo, que fizeste essa noite, que acordei e não te vi?

O monge responde:

Estás a delirar companheiro, estive a noite toda contigo, simplesmente sai para fazer minhas necessidades, nada mais.

Euzébio achando muito estranho diz:

__ Devias estar muito apertado, pois demoraste.

O monge:

__ Por que preocupas com quem o nome não importa?

Euzébio:

__ É...

O monge:

Sou incógnita em constante inércia para alguém assim, mas se queres saber nem eu mesmo sei o que me passou, acredito que uma grande diarréia.

Euzébio:

__ Sendo assim tudo bem, a verdade está escondida nos frascos cintilastes dos mares.

O monge:

__ Exato, o senhor nos manda a declarar a paz e gloria dele.

Euzébio: sim, então vamos.



Assim caminhavam com os lentos inconstantes, pensantes, maçantes passos da hora do dia.

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